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Reflexão sobre a oração preparatória dos Exercícios Espirituais de Santo Inácio

  • 10/07/2025

Regina Console Simões  

Algum tempo atrás, de forma suave, começou a me chamar a atenção a Oração Preparatória.  Indagava-me por que Santo Inácio, que é zeloso e meticuloso quanto ao uso das palavras, pede consistentemente que iniciemos o momento de oração com a fórmula do EE46, ou seja: 

“A oração preparatória consiste em pedir graça a Deus Nosso Senhor, para que todas as minhas intenções, ações e operações sejam ordenadas puramente ao serviço e louvor de Sua Divina Majestade.”  

Aos poucos, nas minhas reflexões, foram mapeando um fio condutor que adquiriu um sentido pleno: minhas intenções, ações e operações não acontecem do nada.  Elas provêm do que absorvo, entendo, aceito e armazeno na minha memória, compreendido pela inteligência e levado a efeito pela vontade.  E mais, tudo o que está em minha memória foi adquirido através dos 5 sentidos corporais.  Sem eles, nada saberei do universo em que vivo.  No entanto, por força das diversas condicionantes da vida, muito do que entendemos e sabemos foi construído de forma equivocada ou observado por perspectivas distorcidas. Como consequência surgem os afetos desordenados.   

E assim fui mapeando que: os Exercícios Espirituais objetivam ordenar os afetos desordenados, feridos principalmente pelos pecados capitais. O Espírito Santo, atuando delicadamente neste complexo processo, infunde as virtudes teologais, através da oração e iluminação. Num esquema simples visualizaremos: 

Observando mais atentamente, as três potências da alma (inteligência, memória e vontade), afetadas pelos pecados capitais e combatidas com a virtudes opostas, encontram a sua transformação iluminativa via as três virtudes teologais (fé, esperança e caridade). Desta forma, ao final, as intenções, ações e operações serão transformadas devido à delicadeza do processo que gradativamente reordena os afetos desordenados = a beleza do processo dos Exercícios Espirituais. 

Oração Preparatória  

Santo Inácio recomenda de modo taxativo que antes das meditações ou contemplações se deve sempre fazer a oração preparatória. É uma recomendação metodológica importante que não deve ser omitida e que se repetirá cerca de trinta e uma vezes ao longo dos EE (Dicionário de Espiritualidade Inaciana, p.1376).  Importante ainda frisar que esta oração é um sumário apurado do Princípio e Fundamento em forma de oração.    

Podemos entender que esta oração é a chamada de atenção e despertar para o processo de ordenação a ser perseguido durante os EE: “para que todas…. sejam ordenadas puramente ao serviço e louvor de Sua Divina Majestade”.   

Três Potências da Alma  

Michael Ivens assim aponta em seu livro Compreendendo os Exercícios Espirituais (p.92) que as três potencias da alma, a inteligência, a memória e a vontade, são elementos fundamentais da constituição da pessoa humana. Elas serão utilizadas consistentemente ao longo de todo os EE, talvez não tão sistematizadas e conscientes como no início dos EE.  Essas potências serão ativadas não para um processo de estudo ou conhecimento, mas sim direcionadas para uma “compreensão interior” da experiência a ser vivida.  Na nota de rodapé 52 encontraremos que “…em grande parte o processo de conversão consiste nas potências que são assumidas e transformadas pela vida de Cristo e o seu emprego na oração é em si parte desse processo”.  Simplificando, as potências da alma trabalham tudo o que nos é informado pelos 5 sentidos corporais, e:  

  • Na memória, armazenamos tudo o que capturamos pelos sentidos.  
  • Pela inteligência, comparamos e trabalhamos tudo que captamos.  
  • Pela vontade, fazemos escolhas, é o meu querer.  

No entanto, “nem a inteligência, nem a vontade por seu próprio esforço podem levantar o exercitante à esfera luminosa da graça. Só o Espírito Santo é capaz de introduzi-lo na comunhão com o Deus Vivo, pela inserção progressiva em Jesus Cristo” (EE124) (Gl 4,6; Rm8-15-16) como coloca Pe. Géza na nota de rodapé 6 de seu livro dos EE.   

Podemos entender que esta oração é a chamada de atenção e despertar para o processo de ordenação a ser perseguido durante os EE: “para que todas…. sejam ordenadas puramente ao serviço e louvor de Sua Divina Majestade”.   

Virtudes Teologais  

No livro dos EE, quanto ao movimento de consolação diz assim no EE316: “…denomino consolação todo aumento de esperança, fé e caridade, toda alegria interna, que chama e atrai para as coisas celestiais”.  Qual é a ação das virtudes teologais?   

  • Pela fé: cremos em Deus, em tudo o que Ele nos disse e revelou (CIC 1814). Creio ainda que não veja ou entenda. A fé esvazia e obscurece o entendimento, dispondo-o assim à união com a sabedoria divina (Noite Escura, Livro II – Cap XXI, 11).   
  • Pela Esperança: confio nas promessas de Cristo e na dependência da graça do Espírito Santo, não em minhas próprias forças (CIC 1817). A esperança esvazia a memória e tende ao que não possui (Rm 8,24) e por isso aparta a memória de tudo quanto pode possuir, a fim de a colocar no que espera (Noite Escura, Livro II – Cap XXI, 11).  
  • Pelo Caridade: por amor a Deus, sobre todas as coisas, eu amo e ajo em prol do meu próximo (CIC 1822). A caridade, de maneira semelhante, esvazia e aniquila as afeições e apetites da vontade em qualquer coisa que não seja Deus, e os põe só nele. (Noite Escura, Livro II – Cap XXI, 11).  

Esta reflexão básica não se exaure em si, mas sim é um primeiro voo panorâmico para adentrar neste mundo invisível que peregrinamos.  Talvez, devemos seguir o que Jesus falou a Nicodemos: é necessário nascer de novo para poder entrar no Reino de Deus. Nicodemos escutou (Jo 3, 1-12), questionou (Jo 7, 40-52) e agiu (Jo 19, 38-42). Ele viveu um processo de reordenação de afetos desordenados.    

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