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Padre Gabriel Malagrida: Arauto dos Exercícios Espirituais

  • 16/10/2025

Pe. Felipe de Assunção Soriano, SJ 

O Padre Gabriel Malagrida (1689–1761) foi amplamente conhecido como dramaturgo e propagador dos Exercícios Espirituais no século XVIII. Nasceu na cidade de Menaggio, às margens do Lago de Como (Itália), em 5 de dezembro de 1689. Teve uma infância em um lugar protegido e pitoresco, à vista dos alpes suíços. Seu pai era um médico renomado, com quem aprendeu a percorrer longas jornadas a pé para atender os necessitados. 

Decide entrar para o clero e adquire os instrumentos literários que o tornarão um grande dramaturgo no Brasil. Descobre sua vocação quando, vestido de rei em uma peça de teatro, contempla Cristo — Rei dos Reis — pregado na cruz pelos pecadores. Reconhece o tamanho do engano que aquela situação o colocava e decide deixar tudo para abraçar os conselhos evangélicos.  

Na Companhia de Jesus, não seguiu um programa de estudos regular, sinal claro de seu espírito inquieto. Aos 17 anos, realiza a travessia de Gênova para as Américas, onde descobre um mundo completamente novo. No Maranhão, torna-se professor de literatura e teologia, recebendo muitos elogios dos doutores. Contudo, na contramão do que recomendavam seus superiores, abandona tudo para dedicar-se ao trabalho com os indígenas (1751). Com o tempo vai compreender que o melhor para eles é seguir vivendo suas práticas ancestrais.  

Depois de muitos anos atuando como professor e missionário nas matas do Brasil, o Padre Gabriel Malagrida (1736–1742) inicia uma grande marcha pelos sertões. Passa a conviver com os mais variados aspectos da cultura brasileira, mesclada por elementos indígenas, ibéricos e africanos. Descobre, nesses sertões, uma Igreja alimentada pela fé de muitos leigos e leigas e marcada por diversas devoções. Suas andanças despertam nele uma profunda solidariedade com os sertanejos e caboclos, inaugurando um catolicismo rústico, enraizado na religiosidade popular. 

Na última etapa de sua vida, o Padre Gabriel Malagrida (1689–1761) se dedicará exclusivamente à promoção dos Exercícios Espirituais de Santo Inácio de Loyola. Em Lisboa, encontrará oportunidade para dar os Exercícios à rainha D. Mariana de Áustria e o rei D. João V, conseguindo recursos para construir Seminários e várias Casas de Acolhimento. Regressando ao Brasil, empenha-se a criar diversos instrumentos pedagógicos — utilizando imagens, peças teatrais e textos adaptados — para tornar os Exercícios acessíveis aos mais variados públicos. 

Sensível à formação do clero e à vulnerabilidade das mulheres, fundou quatro seminários de gramática e humanidades. O primeiro, vinculado à ação dos jesuítas em João Pessoa (1745); o segundo, em Buriti dos Lopes, no Piauí (1747); e outros dois, em São Luís do Maranhão e Belém (1753). Para o recolhimento de mulheres em situação de prostituição, fundou um Convento e Seminário em Salvador e o Convento de Igarassu, em Pernambuco (1742). Essas casas de formação e acolhimento constituíam a rede inaciana de espiritualidade, confirmando seu apostolado particular na promoção e popularização dos Exercícios Espirituais no Brasil. 

Conforme a promessa feita à rainha D. Mariana de Áustria, retornará a Lisboa para assisti-la em seu leito de morte (1753). Lá, compartilha do fatídico terremoto que destruiu a cidade dos lisboenses (1755). Acusado injustamente de heresia e perseguido pelo Marquês de Pombal, é colocado em cárcere com todo tipo de gente. Debilitado pelos longos anos de encarceramento e intensos interrogatórios, usam como pretexto dois textos escritos por ele na prisão. Acaba condenado à morte, garrotado em praça pública, sendo, por fim, queimado sem que se desfaça pelas chamas seu coração (1761).  

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