"Quem quiser reformar o mundo comece por si mesmo."

Santo Inácio de Loyola

Descaminhos

Nos descaminhos
vou aprendendo a caminhar.
Tropeço,
caio no chão da minha alma.
É escuro, doce, calado…
Dos sentidos, poucos falam.
Pensamento pálido, cálido,
emudece.
Reverencio as palavras.
É o laço que me une ao outro.
Temo a racionalidade
de um outro olhar sobre elas.
Cegos de pensamento,
talvez não enxerguem
nas nervuras aviltadas das letras
o amor que derrama da minh’alma.
Mas como o corpo necessita do ar,
minha vida da palavra,
Palavra Sagrada de Deus,
que brota no coração da humanidade;
Minha palavra,
a verdade do que sou
nesse instante.
A verdade que vai me
transformando…
No chão da minh’alma
dói a fragilidade da existência.
É como a chama de vela
ou uma pétala em flor…
Simples realidade da vida humana.